
Nessas últimas semanas o Ministério Público de Pernambuco convocou uma audiência pública para dialogar sobre a realização de manifestações religiosas no ambiente escolar, o que chamamos de “Intervalo Bíblico”. Fiquei bem surpreso em ver algo desse tipo principalmente pela nossa nação ser laica. A definição de estado Laico segundo o google é “Um Estado laico é aquele que não se vincula a nenhum credo religioso, não adota uma religião oficial e promove a liberdade religiosa.”
O confuso de tudo foi a justificativa de ser laico, ter que inibir, ou controlar os intervalos bíblicos. O estado deve promover as práticas religiosas, como um todo, então atacar o intervalo bíblico é ferir sua laicidade. Alguns podem até dizer que apenas os evangélicos fazem intervalos bíblicos e outras religiões não fazem, é verdade, mas não por incentivo do estado. A religião mais favorecida, em todos os sentidos, principalmente financeiramente são religiões de matrizes africanas, que entram como cultura nas escolas. Então a falta de espaço de outras religiões são por sua escolhas. O fato de a igreja ou os cristãos que estudam promover intervalos bíblicos não pode deve ser inibido de forma alguma, até por que fazendo isso, o estado deixa de ser neutro religiosamente, pois estará atacando uma religião, que por sinal é a maior do Brasil.
O ataque aos intervalos bíblicos fere a constituição também, por que os intervalos bíblicos são feitos por motivação dos alunos, exercendo sua liberdade de expressar suas convicções religiosas, não são cultos realizados por igrejas, coordenada por pastores, com presbíteros, ministério de louvor, não possuem a estrutura de uma igreja, são ações livres e independentes, que em grande parte das vezes, são alunos de várias igrejas diferentes. Muitos dos intervalos bíblicos , a maior parte deles são bem simples, acontecem debaixo de uma arvore, no descanso do almoço no refeitório, na saída da escola, são pessoas exercendo sua liberdade.
Achei uma postura muito errada do ministério público, pois ter culto em escolas deve ser incentivado pelas autoridades públicas. A proibição ou a tentativa de inibir é um crime a liberdade.
Nosso papel é orar para que tudo seja esclarecido, e que autoridades possam continuar lutando pela preservação da fé em todos os ambientes.
Essa semana, em uma ação na escola, recebi uma carta de uma aluna, muito triste por saber que querem acabar com os intervalos bíblicos. Ela disse que a única coisa boa na escola, é esse momento, onde eles oram pela escola, pelos alunos, pelos professores. A escola que ela estuda é muito bagunçada, tem brigas todos os dias, poder parar e pedir ajuda a Deus traz esperança para seu coração, palavras da aluna.
A motivação é trazer boas mudanças, não impor nada, principalmente aqueles que possuem diferentes religiões, ou até não possuem religião.
Que cada cristão seja firme assim como essa aluna e tantos outros, dedicar tempo para orar pelos que precisam, e falar do grande amor de Jesus para todas as pessoas.
